sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Utilização de Glutens em rações para peixes

Uma outra alternativa de ingredientes protéicos para formulação de rações são os glutens de milho e de trigo, os quais, segundo Hardy (1999), são os melhores produtos de grãos para fornecer proteína para peixes.

Wu et al. (1995), testando dietas baseadas em glúten de milho e farelo de soja livres de farinha de peixe, obtiveram resultados de ganho de peso, deposição de proteína e conversão alimentar melhores comparados à dieta com farinha de peixe.

O glúten de milho e o de trigo possuem altos teores de PB, 60 e 70-80%, respectivamente, com grande digestibilidade (99%), pouca fibra; são ricos em vitaminas B e E e não possuem fatores antinutricionais como a soja. (Robiana et al., 1999; Storebakken et al., 2000). Entretanto, também são deficientes em lisina, seu primeiro aminoácido limitante (Wu et al., 1998).

Quando o glúten de milho substitui até 40% da farinha de peixe na alimentação de Turbot, não se observam diferenças no ganho de peso, na utilização da proteína e na conversão alimentar  (Regost et al., 1999).


Deseja saber mais? Texto de origem: http://www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/download/RB067%20Teixeira%20(farinha%20de%20peixes)%20pag%20118-125.pdf
 
Ítala Alves

2 comentários:

  1. Como o glúten é produzido a partir do grão?

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  2. Moagem
    Denomina-se moagem de trigo o processo de retirada do endosperma ou farinha do grão de trigo

    O endosperma compõe cerca de 75 a 80% do total do grão, para podermos separar esse endosperma de casca ou farelo, o grão deve ser submetido à uma umidificação seguida de um repouso, o qual é determinado pela dureza do grão.

    Esse repouso do trigo faz com que o farelo se torne flexível e friável, possibilitando assim a retirada de farinha,que fica agregada ao mesmo.

    Para separar o endosperma da casca podem ser utilizados rolos de moagem em bancos de cilindros, seguidos de uma peneiração em peneiradores planos ou plansifters.

    Os grãos passam diversas vezes pelos rolos até que se consiga fazer uma separação completa, para os grãos inteiros ou com grande quantidade de farelo agregado utilizamos rolos raiados.

    Durante a primeiras passagens pelos rolos raiados temos a geração de sêmolas ou partículas de endosperma que variam de 200 a 1000 mícrons de tamanho, abaixo desse range já pode ser classificado como farinha e acima retorna novamente ao banco de cilindro para posterior moagem, seguida de peneiração. e assim sucessivamente até que se retire todo endosperma agregado ao farelo.

    As sêmolas por sua vez passam pelo sassor onde são classificadas de acordo com sua pureza e seguem para bancos de cilindros com rolos lisos, para serem reduzidas, após são peneiradas novamente, voltam aos cilindros para serem comprimidas , assim sucessivamente até estarem na granulometria de farinha ou farelo.

    É necessário um conjunto de rolos raiados e lisos e muitas peneiras para que o processo possa ser realizado de maneira que se retire todo o endosperma presente no grão.[1]

    Assim a farinha é produzida a partir da moagem do grão;

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Trigo

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