A farinha de sangue é um componente alternativo que pode diminuir os custos da ração para peixes, indicada principalmente na fase de alevinagem e crescimento dos peixes. Podendo ser usado qualquer tipo de sangue de animal de abatedouro, pode ser bovino, suíno ou ave. Porém, existem alguns cuidados necessários com relação à higiene e ao transporte desse material. Ele pode ser transportado em saco plástico ou mesmo num latão de leite limpo, sem nenhum problema de contaminação. Para se fazer a farinha é necessário que o sangue já esteja coagulado, ou seja, o soro separado das hemácias, pois geralmente se joga o soro fora, também é importante lembrar que se deve utilizar o sangue de um animal saudável, pois o sangue de um animal doente pode não transmitir a doença para o peixe, mas pode causar desconforto a quem estiver manipulando esse material.
Vejamos como manusear sangue:
-A primeira coisa é pôr o sangue coagulado na balança. Inicialmente, se trabalha com uma proporção de meio a meio, ou seja, para um tanto de sangue outro tanto igual de matéria seca. Essa matéria pode ser, por exemplo, o farelo de trigo, mas pode ser farelo de soja ou de milho. Feito isso sangue e farelo são batidos então num misturador, essa mistura é feita exatamente para diminuir a umidade do sangue e dar uma certa consistência, para então poder colocar o material em outro equipamento ,muito utilizado, que é o moedor de carne, segundo alguns zootecnistas o ponto é quando se pega a mistura e consegue moldá-la como se fosse argila.
-Depois a mistura é passada num moedor de carne. Os cordõezinhos extraídos do moedor parecendo macarrão grosso são chamados de “pellets”. A grossura ideal para eles é de dois a três milímetros, depois de adquiridos os cordõezinhos, os mesmos são colocados para secar, de preferência em um dia de sol forte. O pellet de farelo seca em duas ou três horas. Os pellets não podem ser dados para o peixe neste estado pois o sangue ainda está muito concentrado,logo, ele está o dobro da quantidade recomendada numa dieta pratica para os peixes. Quando o material seca, ele concentra demais, e como o sangue tem muito ferro, ele interfere na disponibilidade de outros minerais, tendo em vista que, o ferro em excesso atrapalha a absorção de outros nutrientes, por isso os pellets secos são levados para um triturador. O pó que resulta desse processo é a farinha de sangue.
“A farinha é uma rica fonte proteica. Ela faz parte da constituição do músculo, ela é responsável pelo ganho de peso dos animais. A farinha de sangue produzida dessa forma tem praticamente 100% de digestibilidade. E é na forma de farinha que o sangue entra na dieta dos peixes.
30 quilos de farelo de soja
40 quilos de farelo de milho
25 quilos de farinha de sangue
A mistura deve ser “peletizada” novamente num processo idêntico ao descrito antes. Feito isso, ela estará pronta para ser jogada nos tanques.
Dá para observar que os grãozinhos flutuam. É que a última peletização geralmente é feita num processo de extrusão, que permite justamente que a ração fique boiando. Ração que afunda desperdiça muito.
O sangue é um produto que não pode ser desperdiçado, poluindo o meio ambiente. Ele é muito importante na alimentação animal. Lembrando que se deve usar sempre sangue obtido de frigorífico onde haja inspeção federal.
POSTADO POR CRISTIANE RAFAELA
Fonte da imagem: http://blogdoagostinhomonteiro.blogspot.com/
Texto feito com base em uma entrevista feita pelo globo rural a um criador de peixes!!!
Complementando:
ResponderExcluirProduzido pelo método de secagem spray (vapor) ou tambor rotativo (dessecado). Produto seco em spray tem maior digestibilidade = 90 %; dessecado tem = 20 %
Não deve ser utilizada como fonte exclusiva de proteína (deficiencia em a.a.), limitar o uso em até 20 % da PB da dieta .
Compos. Bromatológica:
MS = 81%
PB = 72%
EE = 2,8%
FB = 0,3%
Ca = 0,2%
P = 0,3%
www.unibem.br/pos/bc/aulas_arquivos/aula%2013.doc
Fico triste por ver meus irmãos ainda vivendo na escuridão. Não entenderam que todos nós deveríamos nos unir em amor.
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